O presidente do PSD, Durão Barroso, alertava o partido para “estar preparado para eleições antecipadas". O na altura líder da oposição acreditava que as eleições autárquicas decorreriam num "contexto de crise política e governativa".

Para Barroso, o Governo socialista tinha "desistido de governar". A dois dias do Congresso do PS , o líder social-democrata via o encontro como "um ponto de partida da campanha eleitoral".

"Parece-me evidente que cada vez se torna mais provável a possibilidade de eleições, porque eles [socialistas] podem pensar que quanto mais tarde pior, porque sabem que para o ano vai haver uma valente reprimenda da União Europeia, que este ano evitaram por pouco", afirmou Durão Barroso.

"Há um Governo que se sente mais à vontade a fazer oposição a si próprio do que a governar, que não sabe", acrescentou o presidente do PSD, responsabilizando de antemão o PS por uma eventual crise.

Os acontecimentos vieram a dar razão a Barroso, tendo o ex-primeiro-ministro António Guterres apresentado a demissão na sequência dos desastrosos resultados das autárquicas para os socialistas.