ONU defende ajuda a longo prazo para populações afectadas por Tchernobil

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O reactor número quatro da central de Tchernobil explodiu a 26 de Abril de 1986, contaminando grande parte da Europa DR

Depois de vários anos de esforços que se seguiram à catástrofe nuclear de 1986 em Tchernobil, marcados por medidas de urgência, é agora necessária uma "nova abordagem" a longo prazo para ajudar as populações nas zonas ainda contaminadas, disse hoje um responsável da ONU.

Para tal, são necessárias "dezenas de milhares" de dólares para aliviar as consequências da catástrofe nas populações da Ucrânia, Rússia e Bielorrúsia, afirmou Kenzo Oshima, director do Departamento de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas.

Deverá ser elaborado um plano de dez anos e, "neste momento, teremos provavelmente de falar em termos de dezenas de milhares [de dólares]", disse Oshima durante uma conferência de imprensa com responsáveis russos.

Cerca de seis milhões de pessoas continuam a viver em zonas contaminadas, das quais 2,3 milhões são ucranianos, 1,8 russos e 1,6 bielorussos, informou a AFP.

O reactor número quatro da central de Tchernobil explodiu a 26 de Abril de 1986, contaminando grande parte da Europa e fazendo milhares de mortos. Actualmente, o número de vítimas situa-se entre as 15 mil e as 30 mil, segundo Oshima.

As Nações Unidas apresentaram, no início de Fevereiro, um relatório sublinhando a necessidade de medidas importantes para responder aos problemas de saúde e ambiente das populações da Ucrânia, Rússia e Bielorrúsia.

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