Acções do BPI suspensas em dia de AG decisiva

Accionistas reúnem-se esta quarta-feira para votar a desblindagem de estatutos, necessária ao avanço da OPA do Caixabank.

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Bruno Lisita

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu a negociação das acções do BPI, até divulgação de informação relevante, em dia de nova assembleia geral (AG) que deverá ser decisiva para o futuro do banco.

À semelhança das decisões anteriores, a suspensão das acções teve efeitos a partir da abertura do mercado.

A AG de hoje tem em cima da mesa a votação da desblindagem de estatutos, processo que se espera mais fácil depois do comunicado enviado esta terça-feira ao mercado, sobre as linhas gerais de um acordo com Isabel dos Santos.

O comunicado informa o mercado de que a administração do banco enviou uma carta à Unitel, sua parceira no Banco Fomento de Angola (BFA), com uma proposta de alteração da relação de poder interno naquele banco angolano.

Esta proposta vai ao encontro das pretenções de Isabel dos Santos e pressupõe um acordo entre os dois maiores accionistas, o Caixabank e a empresária Angolana.

Com o apoio de Isabel dos Santos, e mesmo que o levantamento das providências cautelares apresentadas pelo accionista Tiago Violas Ferreira não se torne efectivo (até ao momento nada foi comunicado sobre esta matéria), os accionistas poderão aprovar a desblindagem de estatutos esta quarta-feira. Uma das propostas da AG, apresentada por Tiago Violas, que detém 2,6% do BPI, pedia a votação do fim dos direitos de voto mas ainda com os direitos de voto limitados a 20%.

Com o novo cenário de acordo entre o maior accionista, o Caixabank, que controla 46% do capital do banco, e Isabel dos Santos (18,6%), a desblindagem passa na AG.

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