Ex-presidente executivo da Volkswagen investigado por fraude

Winterkorn diz que desconhecia a manipulação dos testes.

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Winterkorn esteve quase nove anos à frente do grupo Johannes Eisele/Reuters

O ministério público alemão avançou com uma investigação sobre o ex-presidente executivo do Grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, que se demitiu na semana passada, após quase nove anos à frente da multinacional.

A decisão de abrir um inquérito foi motivada por uma queixa de “fraude na venda de carros com dados de emissões manipulados”, comunicaram as autoridades nesta segunda-feira, sem revelar quem apresentou a queixa. A investigação visa uma “clarificação de responsabilidades” no caso dos motores diesel que estavam equipados para enganar os testes de emissão de gases poluentes.

Winterkorn abandonou o cargo na quarta-feira, depois de ter pedido desculpas duas vezes e afirmando desconhecer que os testes estavam a ser manipulados. A Volkswagen também afirmou que o executivo nada sabia.

Para além das multas dos reguladores do sector, a fraude poderá valer processos judiciais à empresa, e aos seus executivos, também noutros países. 

Num caso em que surgem novidades a cada dia, a Audi disse nesta segunda-feira que o problema afecta 2,1 milhões dos seus automóveis, que se juntam aos cerca de cinco milhões da marca Volkswagen. Ao todo, o grupo diz haver 11 milhões de carros afectados. Ainda não há números sobre as marcas Seat e Skoda.

As acções do Grupo Volskwagen abriram a semana em queda. Às 13h40, a cotação caía 7%, para cerca de 100 euros, o valor mais baixo em quase cinco anos.

 

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