Trabalhadores da Segurança Social também exigem carreira especial

Técnicos do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social fazem greve a 30 de Junho para reclamar uma carreira "adequada" às funções que desempenham".

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Depois de o Governo ter criado uma carreira especial para cerca de 300 trabalhadores do Ministério das Finanças e de ter apresentado, esta semana, a nova carreira para os técnicos superiores do Instituto Nacional de Estatística, é a vez dos trabalhadores do departamento de gestão da dívida do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) reclamarem um tratamento especial.

Num comunicado divulgado na quinta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores para a Administração Pública (Sintap), exige que o Governo “inicie um processo negocial que tenha em vista a criação de uma carreira especial” para estes trabalhadores, que têm uma greve marcada para o dia 30 de Junho onde, entre outras coisas, vão reclamar um reforço dos recursos humanos e "uma carreira adequada às funções desempenhadas".

O Sintap diz que não compreende que o Ministério do Emprego e da Segurança Social continue “a ignorar a especificidade e a relevância das funções desempenhadas pelos trabalhadores” daquele departamento do IGFSS. “Só o esforço de um cada vez menor número de trabalhadores tem permitido que sejam atingidos os objectivos impostos, num departamento em que os trabalhadores se sentem cada vez mais negligenciados e esquecidos”, refere o sindicato.

“Relembramos que nas secções de processos do departamento de gestão da dívida, o rácio de cobrança por trabalhador ronda os três milhões de euros anuais, facto que, só por si, é elucidativo da importância do trabalho desenvolvido e da necessidade de criação de uma carreira especial”.

Esta semana, a Presidência do Conselho de Ministros enviou aos sindicatos uma proposta de diploma para a criação de uma carreira especial onde serão integrados os 362 técnicos superiores que actualmente trabalham no INE e que lhes dará, no mínimo, um aumento salarial de 52 euros.

Em Janeiro, o Ministério das Finanças criou também uma carreira especial para os cerca de 300 técnicos superiores da Direcção-Geral do Orçamento (DGO), da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) e do Gabinete de Planeamento (GPEARI).

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