PS espera convencer 2500 funcionários públicos a mudar de serviço em 2016

Trabalhadores terão apoios à compra ou arrendamento de casa. Medida custaria, no primeiro ano, 10 milhões de euros.

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PS quer resolver problema de serviços que têm falta de pessoal. Enric Vives-Rubio

Caso seja Governo, o PS quer incentivar os funcionários públicos a mudarem para serviços onde há escassez de recursos humanos e tem em cima da mesa um conjunto de apoios que passam por um subsídio de mobilidade e por “condições especiais” na venda, compra ou arrendamento de casa ou na colocação dos filhos na escola.

Na resposta às questões colocadas pelo PSD, o grupo de trabalho coordenado pelo economista Mário Centeno (que elaborou para o PS o relatório Uma Década para Portugal) dá mais detalhes sobre a reafectação territorial de funcionários e as condições que lhe serão oferecidas.

Desde logo, os economistas sugerem que os trabalhadores que aceitem mudar de serviço recebam um subsídio de mobilidade “por um período prolongado”. E se isso implicar mudar de residência, serão criadas “condições especiais adicionais” na aquisição ou arrendamento de casa, no acesso às escolas e nas condições de aplicação do subsídio de desemprego (quando algum membro do agregado esteja nessa situação).

Em 2016, os economistas estimam que a medida poderia abranger 2500 trabalhadores e custaria 10 milhões de euros. Este número vai evoluindo ao longo da legislatura e, em 2019, estimam que possam aderir 15 mil trabalhadores, com um custo de 41 milhões de euros.

Porém, explicam, este custo directo “é largamente compensado pela redução da necessidade de contratar novos trabalhadores, tendo-se admitido uma redução das contratações de cerca de 50% do número de trabalhadores envolvidos. A poupança em custos com pessoal chegará aos 240 milhões de euros em 2019, “originando uma poupança líquida directa de 200 milhões de euros”, descontando o custo com os incentivos, referem os economistas nas resposta que enviaram nesta quinta-feira ao PSD.

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