O banco espanhol BBVA apurou um lucro de 2618 milhões de euros no ano passado, mais 25,7% do que em 2013. Os últimos três meses de 2014, em que a instituição obteve 689 milhões de euros, foram determinantes para o resultado anual.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, o BBVA atribui o reforço do resultado à “boa evolução da margem dos lucros”, ao controlo da despesa do grupo e a “menores saneamentos”.

O banco – que anunciou em Novembro passado um despedimento colectivo de 177 trabalhadores em Portugal, com a redução de mais de metade da sua rede de agências no mercado português – refere-se a 2014 como um ano “crucial na transformação do modelo de negócio, com a criação da área de banca digital, a evolução do modelo de distribuição” e a compra da plataforma de banca online Simple e da start-up Madiva.

Em Portugal, depois do encerramento de balcões, o grupo vira-se para as empresas com uma facturação superior a cinco milhões de euros e para o segmento premium de clientes particulares.

Em Espanha e no centro corporativo do BBVA, o grupo contabiliza poupanças no valor de 340 milhões de euros no ano passado.

Em relação às operações do banco, o grupo diz ter alcançado margem de lucro em todas as suas geografias, pelo segundo trimestre consecutivo.

A variação positiva de 25,7% nos resultados anuais tem em conta os novos critérios de contabilização dos resultados bancários relacionados com as contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), efeito sem o qual os lucros teriam subido 17,5%, face aos 2228 milhões do ano anterior.

“Foi um exercício difícil, mas muito bom”, afirmou o presidente do BBVA, Francisco González, notando que o crescimento das receitas foi mais visível na última parte do ano. “Entre Outubro e Dezembro, todas as margens bateram um recorde dos últimos dez trimestres. A margem financeira totalizou 4,248 mil milhões de euros”, sublinhou.