A Altice espera concluir a compra da PT Portugal entre Abril e Junho de 2015, soube o PÚBLICO junto de fonte próxima da operação. A venda da PT Portugal à Altice já foi aprovada pela Oi, mas ainda vai ser votada numa assembleia-geral (AG) da PT SGPS, que deverá ocorrer na primeira ou segunda semana de Janeiro.

Mesmo que passe na AG da PT, o negócio está ainda pendente das aprovações regulatórias. Mas, para acelerar o processo, a empresa francesa pretende pré-notificar as autoridades da concorrência europeias até ao próximo dia 15 de Janeiro.

A dona da Cabovisão e da Oni estará disponível para aceitar qualquer remédio que os reguladores entendam necessário para dar aval à operação, incluindo a venda de algum activo. “Estamos abertos a quaisquer remédios que os reguladores nos imponham”, disse a mesma fonte.

Na sua proposta, a Altice acolheu a possibilidade de atribuir até 20% do capital da PT Portugal a investidores portugueses. A empresa francesa prefere parceiros com perfil financeiro, mas não foi ainda contactada por nenhum interessado. A expectativa é que estes contactos apareçam depois da AG e que até possam surgir da parte de algum accionista da PT SGPS. A empresa liderada por Patrick Drahi dará preferência aos actuais accionistas.

O grupo francês não exclui sequer uma aproximação de Pedro Queiroz Pereira, que se aliou aos fundos Apax e Bain na proposta de 7075 milhões de euros que saiu derrotada nas negociações com a Oi. Mas o que a Altice não quer “é alguém que tenha pretensões de dirigir a companhia”.

Até à AG de accionistas (que espera que seja convocada até ao final da semana), a Altice tentará encontrar-se com todos os accionistas relevantes da PT SGPS, incluindo os institucionais. Segundo a fonte ligada ao negócio, a empresa francesa está confiante no resultado da AG. Ainda assim, notou que se o negócio for chumbado, a empresa “tem muito tempo” para fechar a transacção, pois está “protegida por um contrato de 18 meses” assinado com a Oi.

A Altice propõe pagar 7400 milhões de euros pela PT, com pagamentos diferidos de 500 milhões condicionados a objectivos de receitas futuras da PT. “São objectivos perfeitamente razoáveis”, garantiu fonte conhecedora do negócio.