Oi diz que propostas de Isabel dos Santos são "inaceitáveis"

Conselho de Administração da empresa brasileira recusa proceder a qualquer alteração ao acordo de fusão assinado com a PT.

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OPA sobre a PT está a enfrentar oposição da Oi

A empresa de telecomunicações brasileira Oi classificou esta segunda-feira de "inaceitáveis" as propostas realizadas por Isabel dos Santos na sua Oferta Pública de Aquisição à PT SGPS.

Em comunicado, o conselho de administração da Oi escreve que "considera inaceitáveis e confirma que não efetuará qualquer modificação nos actos societários, Contratos Definitivos e demais instrumentos firmados para atender qualquer das condições estipuladas na OPA". Já na segunda feira, a Oi tinha, numa primeira reacção, considerado as propostas de alteração de Isabel dos Santos de "inoportunas".

Isabel dos Santos, ao mesmo tempo que decidiu oferecer 1,35 euros por cada acção da PT SGPS, impôs quatro condições para o sucesso da operação. Primeiro quer que se acabe com o limite de 10% aos direitos de voto na PT. Depois requer a suspensão do processo de fusão entre PT e Oi até ao trigésimo dia após a OPA. Isabel dos Santos pretende também que não se concretize o limite de 7,5% nos direitos de voto da CorpCo, a empresa que resulta da fusão. E, por fim, pretende que a PT possa ter o direito de comprar de acções da Oi para além do que está previsto através do exercício de uma opção de compra de reaquisição de acções até 11,4% da Oi. 

A Oi reafirma agora que considera "descabida qualquer alteração dos termos previamente acordados nos Contratos Definitivos celebrados com a PT SGPS em 8 de setembro de 2014".

Isabel dos Santos, se quiser manter a expectativa de uma OPA bem sucedida, fica assim sob pressão para alterar os termos da sua proposta. Para além das condições que a Oi se recusa para já a cumprir, vários analistas têm notado que o valor oferecido é pouco atractivo para os detentores das acções. Nas primeiras horas da sessão da bolsa de Lisboa desta terça-feira, uma acção da PT estava a ser negociada por um valor próximo de 1,4 euros, acima portanto do valor da OPA. 

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