PSD quer ouvir Governo dos Açores e SATA sobre prejuízos da empresa

Requerimento entregue esta quarta-feira pede a audição "com urgência".

Foto
Manuel Gomes

O PSD quer ouvir o secretário regional dos Transportes dos Açores e o presidente da administração da SATA, no parlamento da região, por causa dos 15,75 milhões de euros de prejuízos que a companhia aérea teve em 2013.

O requerimento do PSD, entregue esta quarta-feira, pede a audição "com urgência" de Vítor Fraga e Luís Parreirão, apontando "a preocupação que se gerou que nos últimos dias, à qual não foi alheia a profunda opacidade e silêncio, por parte do Governo Regional, em torno do anúncio desses resultados financeiros".

Em declarações aos jornalistas no parlamento regional, na cidade da Horta, o deputado social-democrata Jorge Macedo sublinhou que a SATA é "um grupo estratégico para os Açores" e "tem também muitos trabalhadores", que querem ver acautelados os seus postos de trabalho.

"O Governo [Regional] tem a obrigação de justificar o porquê desses péssimos resultados", sublinhou.

Jorge Macedo lembrou ainda que a SATA tem desde há sete anos mais um avião, mais cem colaboradores e aumentou em 25% a sua oferta de lugares nos voos dentro do arquipélago com a renovação da frota. No entanto, perdeu 200 mil passageiros.

O Grupo SATA registou em 2013 um prejuízo de 15,75 milhões de euros, divulgou a empresa na semana passada.

"O grupo apresentou um resultado líquido negativo de 15,75 milhões de euros, com especial origem nas perdas da empresa SATA Internacional [que faz as ligações entre os Açores e destinos fora do arquipélago], de 12,87 milhões de euros", revelou a companhia área.

A empresa referiu que o desempenho do grupo em 2013 foi "negativamente impactado por factores de diversas origens e que pela sua própria natureza são irrepetíveis".

A SATA atribuiu assim os resultados à "retracção da actividade económica a nível nacional e internacional e o seu consequente impacto directo na procura de transporte aéreo".

Além disso, apontou o "aumento dos custos previstos com o pessoal, por força das decisões do Tribunal Constitucional, perdas de contratos já celebrados, custos com irregularidades e quebra significativa de vendas, nomeadamente em períodos que correspondem a picos de operação, todas elas decorrentes da instabilidade laboral que afectou a empresa no primeiro semestre e reparações em aviões que não se encontravam previstas".

Sugerir correcção
Comentar