Minipreço vende menos 7,4% em Portugal, num primeiro trimestre “especialmente duro”

Cadeia espanhola está a baixar preços para acompanhar a concorrência. Mais de metade das vendas do Grupo Dia são obtidas na Península Ibérica.

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Grupo Dia, dono do Minipreço, tem 570 lojas em Portugal Fernando Veludo/NFactos

O grupo Dia, dono do Minipreço e das drogarias Schlecker, vendeu menos 7,4% em Portugal no primeiro trimestre do ano, somando receitas líquidas de 171,4 milhões de euros. O negócio em território nacional pesa 9,9% nas vendas globais da empresa espanhola, cotada na Bolsa de Madrid. A Península Ibérica representa 65,9% das receitas.

Comparando com o primeiro trimestre de 2013, os resultados conjuntos de Portugal e Espanha (o maior mercado) quase estagnaram. Passaram de 1232 milhões de euros para 1229 milhões, uma evolução de apenas 0,1%. Ainda assim, no comunicado oficial, o presidente executivo Ricardo Curras destaca que o grupo “continua a ganhar quota de mercado em Espanha e a crescer acima do mercado, melhorando a competitividade e aumentando o lucro, em paralelo com um controlo rígido de custos”.

Já em Portugal, onde o grupo tem cerca de 570 lojas, Ricardo Curra admite que “o primeiro trimestre foi especialmente duro”. “Estamos a reduzir preços para encurtar a distância com a concorrência. E como consequência estamos a assistir aos primeiros sinais de uma melhoria nas vendas”, continua. 

Depois de ter adquirido as 1168 lojas Schlecker na Península Ibérica (41 em Portugal), o grupo está a mudar o nome da cadeia de produtos para o lar, beleza e saúde para Clarel. Até ao final de Março tinha 188 estabelecimentos em operação e, até ao final do ano, a empresa espera transformar mais de 550 lojas Schlecker em Clarel em Portugal e Espanha.

O grupo anunciou ainda que arrancou com a venda de toda a actividade que detinha em França depois de queda de vendas prolongadas. O anúncio suscitou já a preocupação dos sindicatos do comércio que temem pelo futuro de 7500 trabalhadores em cerca de 900 lojas. Ricardo Curras sublinha que esta decisão “está alinhada” com a estratégia da empresa de se concentrar nos mercados-chave e com a “responsabilidade de identificar as melhores opções para accionistas, trabalhadores e franchisados”.

A empresa espanhola reportou vendas globais de 1827 milhões de euros, uma redução de 2,3%. Os mercados emergentes representam 34,1% do total.

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