Banca pagou 600 milhões de euros de impostos em 2013
Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, diz que o sector não teve culpa da crise financeira.
Em 2013 a banca portuguesa desembolsou 600 milhões de euros em impostos, mesmo tendo registado prejuízos, disse, nesta terça-feira, Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB).
Durante uma audição no parlamento, no grupo de trabalho da Comissão de Orçamento e Finanças criado para discutir o regime extraordinário de acesso ao crédito à habitação, Faria de Oliveira defendeu que o sector não provocou a crise financeira de 2008.
Faria de Oliveira sublinhou que o “apoio às famílias deveria caber ao Estado e não ser imputado aos bancos”. “Não pode ser pedido que lhes seja imputado o custo de alterações legislativas (…) que caberiam ao Estado”, disse, acrescentando que são de evitar “medidas que transformem os bancos em proprietários de imóveis ou em grandes senhorios”.
O presidente da APB deu ainda exemplos da redução das prestações do crédito à habitação. No caso de um empréstimo de 80 mil euros a 30 anos, a prestação desceu de 439 euros em 2007 para 251 euros em 2013. Ao mesmo tempo, a margem financeira da banca desceu de 8,2 mil milhões de euros para 6,7 mil milhões de euros em 2012, referiu.