Governo reconhece “aumento significativo” do número de casais desempregados

Aumento está relacionado com a degradação do mercado de trabalho, destacou o Secretário de Estado do Emprego

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Pedro Roque destaca importância das medidas dirigidas a estes desempregados. Nuno Ferreira Santos

O secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque, reconheceu nesta quarta-feira o “aumento significativo” do número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados. Mas lembrou que vigoram medidas de discriminação positiva para apoiar estes casos.

 “Se o desemprego também tem vindo a aumentar, é natural que também o número de casais desempregados aumente”, disse à Lusa o governante, no final de uma cerimónia em Évora.

Pedro Roque falava após presidir, na cidade alentejana, à sessão de lançamento das comemorações do Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho, que vai ser assinalado no próximo dia 28.

À margem da cerimónia e questionado pela Lusa, o secretário de Estado comentou os dados hoje divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). O número de casais em que ambos os cônjuges estavam desempregados aumentou 83,4% em Fevereiro, face ao mesmo mês de 2012, para 13187, o número mais elevado desde que os dados começaram a ser compilados (Outubro de 2010). Em comparação com Janeiro passado, o número de casais desempregados aumentou 1,5%.

“Em relação a Janeiro, [o aumento] não é propriamente significativo”, mas, face ao “mês homólogo do ano anterior aí há um aumento significativo”, admitiu o governante.

Perante a subida do desemprego, Pedro Roque considerou “forçoso” que tal se reflicta nos casais, mas sublinhou que, por isso, são necessárias medidas específicas para combater essa situação.

“Daí que seja importante que haja algum tipo de descriminação positiva, que existe, em termos de medidas activas de emprego ou de majoração do próprio subsídio de desemprego, tendo em conta essa realidade”, afirmou.

O secretário de Estado reconheceu que, “se já é dramático um dos membros do casal estar desempregado”, esse dramatismo aumenta proporcionalmente quando ambos os membros estão desempregados”. “Portanto é importante que se tenha um olhar particular nessa matéria e mesmo a própria divulgação dos números tem atenção a isso, um olhar particular sobre esse assunto”, referiu.

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