Van Rompuy alerta para novos abalos da crise económica na UE

Presidente do Conselho Europeu insiste no caminho das reformas e alerta o Reino Unido que a saída da União Europeia tem um "preço".

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Rompuy diz que "a Europa deve moldar o século XXI e não ser moldada por ele”. enric vives-rubio

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, alertou na quinta-feira para o risco de a crise económica provocar novos abalos e “réplicas na União Europeia”.

“A crise agitou a maioria dos países da União Europeia: os seus governos, as suas economias e, em alguns casos, as sociedade por completo. Também agitou a UE no seu conjunto”, disse o presidente do Conselho Europeu, em Londres, durante uma conferência europeia sobre o relançamento da Zona Euro e sobre o lugar do Reino Unido na Europa.

Rompuy sublinhou que as medidas tomadas pelos países da UE desde a eclosão da crise “está a começar a dar frutos”, embora tenha admitido que “nem tudo o que tem sido feito tem sido perfeito”.

Para Van Rompuy, a “única coisa que não se pode fazer é “ficar parado a contemplar a situação”.“O único caminho é seguir em frente, com reformas. Não há volta atrás para nenhum dos nossos países”, defendeu o presidente do Conselho Europeu.

Saída do Reino Unido tem um “preço”
Sobre uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia, Van Rompuy avisou os britânicos sobre o “preço” que essa decisão teria para o Reino Unido.

 “Sair é uma decisão voluntária, livre e perfeitamente legítima, mas ela tem um preço”, declarou o responsável europeu.

Em Janeiro, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, comprometeu-se em lançar um referendo até ao final de 2017 que pergunte aos britânicos se querem, ou não, sair da União Europeia.

O presidente do Conselho Europeu afirmou que abandonar o grupo é “legalmente possível”, mas que, no caso do Reino Unido, é “um problema bem mais complicado e uma decisão difícil de aplicar, tanto no plano legal como político”.

Só um terço um terço dos britânicos  quere continuar na União Europeia, de acordo com uma sondagem publicada pelo Financial Times. A sondagem mostra que 50% dos inquiridos recusam permanecer no grupo dos 27 e que apenas 33% se mostra favorável ao espaço comunitário.

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