Sindicatos aceitam acordo e suspendem greves na Iberia

Proposta do mediador do Governo foi aceite pelos trabalhadores, que se comprometeram a não fazer mais paralisações durante os próximos seis meses.

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Mediador do Governo conseguiu reduzir os despedimentos de 3807 para 3141 Desmond Boylan/Reuters

Os sindicatos que representam os trabalhadores de terra e os tripulantes da Iberia aceitaram o acordo proposto pelo mediador escolhido pelo Governo espanhol para resolver o conflito com a companhia de aviação. A decisão pressupõe o cancelamento da greve de cinco dias que começaria na segunda-feira e um compromisso quanto à não-realização de novos protestos nos próximos seis meses.

De acordo com o El País, a decisão foi formalizada nesta quarta-feira, depois de os sindicatos terem debatido, em assembleias gerais de associados, a proposta do mediador. Tal como já se esperava, apenas os pilotos ficam fora deste acordo, até porque os estatutos do sindicato estabelecem que qualquer assembleia geral tenha de ser marcada com 15 dias de antecedência e o prazo-limite para tomarem uma decisão termina quinta-feira.

O acordo foi assinado pelo grupo IAG (criado com a fusão entre a Iberia e a British Airways), pelos sindicatos e também pela governante que tutela a pasta da Indústria e dos Transportes, Ana Pastor, resolvendo um conflito que durava já desde Novembro e que se intensificou no início deste ano, quando a companhia anunciou que iria reduzir o quadro de pessoal em 19%.

O mediador escolhido pelo Governo, o catedrático Gregorio Tudela, conseguiu que a transportadora espanhola cedesse no número de pessoas a dispensar, reduzindo de 3807 para 3141 os trabalhadores afectados pelo anunciado despedimento (o que corresponde a um emagrecimento de 16%). Além disso, limitou os cortes salariais que a Iberia pretendia aplicar a 7% para o pessoal de terra e a 14% para os tripulantes e pilotos, quando a empresa tinha anunciado que iria reduzir os salários até 35%. Também haverá um congelamento das actualizações salariais até 2015.
 

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