Esta sexta-feira será o último dia da Sonaecom no PSI 20, mas ainda não se sabe por quanto mais tempo ficará cotada a empresa onde se concentram os activos de telecomunicações, media e tecnologia do grupo Sonae.

A saída do índice de referência da bolsa portuguesa foi decidida pelo Comité do PSI 20 na sequência dos resultados da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom no dia 6 de Fevereiro sobre as acções detidas pelos seus accionistas minoritários (cerca de 24% do capital). A oferta teve, segundo um comunicado divulgado pela Euronext Lisboa, um grau de aceitação de 62,06%.

A operação permitiu à Sonaecom comprar 15% do capital aos minoritários e reduziu o free float da empresa de 22% para 9,2%, ditando assim a sua saída do principal índice.

A OPA anunciada preliminarmente no final do ano passado tinha, segundo a Sonaecom, o objectivo de permitir aos accionistas minoritários a exposição directa à Zon Optimus, ou seja, às telecomunicações. Resultou na entrega de quase 26,5 milhões de títulos da operadora e de um total de 19.632 euros em troca de aproximadamente 55 milhões de acções da holding.

A Sonaecom tem-se recusado a confirmar se o passo seguinte à operação será a retirada de bolsa, mas o prospecto da oferta, divulgado no dia 5 de Fevereiro, adiantava que, se na oferta fossem igualados ou ultrapassados os 90% dos direitos de voto, se poderia proceder, no prazo de três meses, à aquisição de acções remanescentes mediante contrapartida justa, em dinheiro.

Com a saída da Sonaecom há já uma entrada garantida no índice de referência da bolsa que são os CTT. As restantes alterações serão anunciadas dentro de alguns dias pela Euronext e entrarão em vigor a 1 de Março.