A Samsung suspendeu temporariamente os negócios com a fornecedora chinesa Dongguan Sginyang Electronics, nesta segunda-feira, por suspeitas de utilização de mão-de-obra infantil na linha de produção.

A maior produtora mundial de smartphones revelou no seu blogue oficial que o acordo com a fornecedora chinesa se encontra temporariamente interrompido depois da denúncia de trabalho infantil feita na semana passada pela China Labor Watch, uma organização sem fins lucrativos.  

Há uma semana, a organização chinesa disse que existiam pelo menos cinco trabalhadores que se encontram abaixo dos dezasseis anos, idade legal para trabalhar. No seguimento desta denúncia, a Samsung conduziu uma investigação independente onde apurou evidências de contratações ilegais de menores de idade pela Sginyang Electronics.

“No seguimento da investigação, a Samsung decidiu suspender temporariamente os negócios com a fábrica em questão, por ter encontrado provas suspeitas de trabalho infantil. Esta decisão foi feita de acordo com a política de tolerância zero da Samsung no que diz respeito ao trabalho infantil”, pode ler-se no comunicado da empresa sul-coreana.

A gigante tecnológica informa ainda que as autoridades chinesas também se encontram a investigar o caso e garante que, caso sejam encontradas efectivamente provas de contratação de menores, a Samsung irá “ suspender de forma definitiva os negócios com a fornecedora”.

A companhia chinesa foi objecto de três auditorias conduzidas pela Samsung desde o ano passado, em Março e Agosto de 2013 e a 25 de Junho de 2014, sem no entanto terem sido encontradas “evidências em trabalho infantil”, referiu a Samsung.  

A multinacional informa que irá reforçar o seu processo de recrutamentos não apenas na área da produção, mas também no que diz respeito aos fornecedores, com vista a evitar que este tipo de casos se repitam.