Renault vai despedir 7500 em França

A Renault vai eliminar 7500 postos de trabalho em França até 2016 para reduzir custos num mercado europeu em queda pelo sexto ano consecutivo.

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A Renault é um dos clientes da Visteon Foto: Bertrand Guay/AFP

A administração do construtor de automóveis francês Renault anunciou nesta terça-feira aos sindicatos que irá reduzir em 7500 o seu número de trabalhadores efectivos até ao fim de 2016, ou seja, 14% dos seus empregados, de forma a aumentar a sua competitividade.

“A Renault vai cortar 5.700 postos de trabalho durante o período de maior dificuldade”, afirmou Sophie Chantegay, porta-voz oficial da marca francesa numa entrevista telefónica à Bloomberg.

De acordo com a France Presse, os 5.700 trabalhadores serão dispensados através da não renovação de contratos e os restantes 1.800 serão saídas feitas através de rescisões amigáveis.

O presidente executivo da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, afirmou na segunda-feira no Salão de Detroit que o mercado europeu de automóveis vai cair 3% este ano, e, apesar disso, a Renault não vai fechar qualquer fábrica em França.

O certo é que as matrículas de viaturas novas na União Europeia caíram em 2012 para o nível mais baixo dos últimos 17 anos, atingindo 12,05 milhões de veículos, anunciou a Associação europeia de Construtores Automóveis (ACEA).

A queda entre 2011 e 2012 foi de 8,2%, ou seja a maior diminuição anual de matrículas novas registadas na União Europeia desde 1993, segundo a ACEA, que sublinha, contudo, importantes disparidades entre os diferentes países e os construtores.

Em 1993, a queda de matrículas de viaturas novas face ao ano anterior tinha sido de 16,9%.

 
 

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