Estado encaixa 9,6 milhões com venda de imóveis

Garagem militar da Ajuda fez parte das alienações. Já estão agendados novos leilões para o início de Dezembro.

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Garagem militar da Ajuda foi arrematada por 4,3 milhões de euros Bruno Almeida

O Estado arrecadou cerca de 9,6 milhões de euros com três operações de venda de imóveis realizadas em Julho e Outubro, segundo os dados revelados no site da Direcção-geral do Tesouro e Finanças (DGTF).

De acordo com a entidade que gere o património imobiliário do Estado, nas hastas públicas de 7 de Julho foram vendidos cinco imóveis pelo valor global de 799,7 mil euros, correspondentes a uma taxa de realização de 26%.

Numa outra operação, a DGTF conseguiu vender dois imóveis pelo valor global de aproximadamente três milhões – conseguindo-se uma taxa de realização de 30%. Nesta ronda de vendas 2,9 milhões de euros corresponderam a um terreno para construção no Largo do Palácio, em Queluz.

Finalmente, as hastas públicas realizadas a 11 de Outubro resultaram num encaixe para o Estado de 5,7 milhões de euros e corresponderam a uma taxa de realização de 77%. Venderam-se nesta ocasião dez imóveis, dos quais o mais caro foi a garagem militar da Ajuda, que já tinha estado à venda por diversas vezes. Este imóvel tinha um preço de licitação de 3,6 milhões de euros e foi arrematado por 4,3 milhões.

A DGTF já agendou mais duas operações de venda de imóveis do Estado e de institutos públicos nos dias 4 e 15 de Dezembro, no Auditório do Ministério das Finanças, em Lisboa.

Segundo os anúncios, no dia 4 de Dezembro vão a hasta pública cerca de três dezenas de imóveis (apartamentos e moradias) em Beja, Bragança, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Viseu e Madeira. São detidos na sua maioria pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça e têm um valor global de licitação em torno de 2,1 milhões de euros.

No dia 15, a venda englobará mais de duas dezenas de imóveis (entre terrenos, apartamentos, escritórios, lojas, moradias, armazéns e até um complexo industrial), nos distritos de Aveiro, Coimbra, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Setúbal e Viseu, com proprietários como o Instituto da Vinha e do Vinho ou o IAPMEI. O valor global de licitação supera os 5,8 milhões.

Nas hastas públicas realizadas pelo Estado, os imóveis são adjudicados provisoriamente até que se efective o pagamento (mas o valor correspondente a 5% da adjudicação deve ser entregue no imediato).

Se o pagamento for a pronto, tem de realizar-se num espaço máximo de 30 dias. Se for a prestações, a taxa de juros anual sobre o capital em dívida será de 7%, para um período máximo de pagamento até 15 anos.

Os compradores também devem demonstrar, num prazo de dez dias úteis, que não têm dívidas nem ao fisco nem à Segurança Social.

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