Quedas entre 15% e 30% nas acções dos bancos gregos

Restantes bolsas europeias negativas e juros das dívidas soberanas em alta.

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Como se esperava, bancos gregos estão em forte queda após decisão do BCE Yannis Behrakis/Reuters

Os bancos gregos cotados na bolsa de Atenas iniciaram a sessão desta quinta-feira com fortes quedas, que oscilam entre os 17% do Alfha Bank e os 27% do Piraeus Bank, na sequência da decisão do Banco Central Europeu (BCE) de deixar de aceitar os títulos de dívida pública da Grécia como colateral para os empréstimos que concede aos bancos.

A forte queda dos títulos bancários gregos inclui ainda a desvalorização de 18% do Eurobank e é visível na desvalorização do índice que agrega o sector financeiro grego, o FTSE Banks, que caiu 22,6 % na abertura.

O índice geral de Atenas também reflecte a má notícia do BCE, arrancando com uma queda de 9,3 %.

Os restantes mercados accionistas europeus também estão em queda, que no caso de Lisboa, Madrid e Milão supera 1%.

No mercado da dívida, o movimento é contrário, com uma subida de juros, mais acentuada na Grécia, onde os juros das obrigações a 10 anos estão a subir mais de 1%, os 11%.

Os juros das obrigações portuguesas estavam hoje a subir em todos os prazos, com o prazo a 10 ano a subir para 2,560%, contra 2,487% de quarta-feira.

O nervosismo dos investidores surge na sequência da decisão do Banco Central Europeu (BCE), que deixará de aceitar os títulos de dívida pública da Grécia como colateral para os empréstimos que concede aos bancos.

Esta decisão pode significar que os bancos gregos, que são detentores de quantidades significativas de dívida pública do seu país, podem ficar sem suficientes activos elegíveis para apresentarem como garantia no recurso às operações de financiamento junto do BCE.

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