PS recusa que tenha havido desagravamento do desemprego em Portugal

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Desemprego em Portugal deverá ultrapassar os 18% em 2014 Enric Vives-Rubio

O deputado do PS Nuno Sá assinalou nesta terça-feira que o Eurostat reviu em alta a taxa de desemprego registada em Julho, de 16,5% para 16,6%, recusando que tenha havido um desagravamento do número de desempregados em Portugal.

"O que aconteceu hoje é que o Eurostat veio dizer que, em Julho, se enganou. Afinal, o número de desempregados em Julho ainda foi maior do que aquele que o Eurostat comunicou à data, e em Agosto não houve alteração da situação e o desemprego mantém-se nos 16,5%", afirmou.

De acordo com o boletim do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (Eurostat), a taxa de desemprego em Portugal, em Agosto, situou-se nos 16,5%.

Questionado sobre os números agora divulgados, Nuno Sá, coordenador dos deputados do PS na comissão parlamentar de Segurança Social e Trabalho, afirmou que "não houve nenhum desagravamento" do desemprego em Portugal de Julho para Agosto, sublinhando que "a informação adicional que o Eurostat dá é a revisão em alta dos números do desemprego em Julho".

"A situação do desemprego e os números são exactamente os mesmos em Julho e em Agosto, há até um agravamento, se quisermos, em Julho, um aumento para os 16,6%, e não houve nenhum desagravamento, infelizmente, do desemprego em Portugal", declarou.

O deputado socialista acrescentou que, para o PS, "a questão fundamental, para além dos números dramáticos do desemprego", é "haver um aumento dramático do número de portugueses que não recebem qualquer tipo de apoio".

"Existem hoje, em Portugal, mais de 500 mil desempregados sem emprego e sem qualquer tipo de apoio por parte do Estado, e este é o problema que mais preocupa o PS, do ponto de vista social, no que toca ao desemprego", disse.

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