Patrões e UGT apelam a rápido entendimento entre os partidos

Numa posição conjunta, os parceiros sociais pedem entendimento “célere, consistente e realista”, sob pena de o país entrar numa crise “de consequências imprevisíveis”.

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Apelo é subscrito pelo parceiros que subscreveram acordo de concertação em 2012. Enric Vives-Rubio

As confederações patronais e a UGT apelam ao PSD, CDS e PS para que ponham de lado os interesses partidários e cheguem a um entendimento “célere, consistente e realista” que permita lançar um novo ciclo de crescimento económico e social. Se isso não acontecer, alertam, o país corre o risco de entrar “numa fase de grande gravidade em termos económicos e sociais, de consequências imprevisíveis”.

Num comunicado conjunto a UGT e as confederações que representam a indústria (CIP), o comércio e serviços (CCP), o turismo (CTP) e a agricultura (CAP) destacam também a importância do diálogo social e disponibilizam-se a “dar o seu apoio e contributo” em sede de concertação social

“O país está a viver um período muito difícil que exige um alto sentido de responsabilidade por parte de todos os agentes políticos. Estamos convencidos de que o diálogo e a concertação social precisam deste compromisso nacional, sob pena de o país correr o sério risco de entrar numa fase de grande gravidade em termos económicos e sociais, de consequências imprevisíveis”, refere o comunicado subscrito pelos parceiros sociais que assinaram o acordo de concertação em Janeiro do ano passado

Os patrões, que apresentaram em Junho um compromisso para o crescimento económico, a que agora se junta a UGT, deixam claro que cabe aos partidos fazer todos os esforços para conseguirem chegar a um entendimento de médio prazo “que forneça um enquadramento mobilizador aos agentes económicos e sociais e que dê esperança aos que mais sofrem”.

Os parceiros sociais consideram que Portugal precisa de estabilidade política e social, uma economia competitiva e um tecido empresarial sólido que permita aumentar a produção e reduzir o desemprego. “É necessário que os partidos políticos assumam, com grande clareza e determinação, essa necessidade e que saibam agir em conformidade e com a urgência que se impõe”, destacam.

A CGTP não assina o documento.

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