Norte-americana Apollo Global e a chinesa Fosun concretizaram ofertas de compra da Caixa Seguros

No final da privatização e, no pressuposto de que as ofertas são consideradas credíveis pelo Governo, a entidade que ficar com a Caixa Seguros terá exclusividade na venda dos seus seguros aos balcões da CGD

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Gonçalo Português

O fundo de private equity norte-americano Apollo Global Management e a sociedade de capital de risco chinesa Fosun International concretizaram propostas vinculativas de compra da Caixa Seguros, que tem a Fidelidade, a Multicare, a Seguros de Saúde, a Cares e a Companhia de Seguros.

Os dois grupos, que tinham passado à fase final do concurso público de privatização da holding estatal, terão oferecido pela área seguradora da Caixa Geral de Depósitos, com 30% do mercado, cerca de mil milhões de euros, próximo do valor contabilístico.

Em comunicado, que acaba de ser divulgado, depois de terminar o prazo para a Apollo e a Fosun (com sede em Xangai e ligação a Hong Kong) formalizarem as suas ofertas firmes (que fechou às 17h de hoje), no âmbito da privatização da Caixa Seguros, a CGD veio informar “que as propostas dos interessados à operação de privatização da Caixa Seguros foram recepcionadas dentro do prazo previsto, dando agora início a um processo de avaliação das mesmas”. O grupo liderado por José Matos não prestou mais detalhes sobre o processo que se vai iniciar com a avaliação das duas ofertas.

Tal como o PÚBLICO divulgou, uma das cláusulas do contrato de venda por ajuste directo da Caixa Seguros prevê que seja dada exclusividade mútua, por 25 anos, de venda dos produtos da Fidelidade, entretanto privatizada, aos balcões (800) da Caixa Geral de Depósitos, que tem uma quota de mercado de 25%. 

Na semana passada, quer a Apollo Global Management (responsável pela divisão de Londres) quer a Fosun International (presidente) fizeram-se representar ao mais alto nível nas reuniões que decorreram com a equipa de Maria Luís Albuquerque. Na agenda terá estado a preocupação de convencer as autoridades de que as suas propostas vinculativas, através de concurso competitivo, garantem um maior encaixe para o Estado do que se este optar pela vida do mercado de capitais. 

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