Nomeado gestor da reestruturação do Banco de Chipre
Banco central de Chipre escolheu Dinos Christofides para liderar o processo de reestruturação da maior instituição financeira do país.
O banco central de Chipre já terá nomeado o gestor que ficará responsável por colocar em marcha a reestruturação do Banco de Chipre, a maior instituição financeira do país, abrangida pelo plano de resgate acordado na madrugada de segunda-feira com a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional.
Trata-se de Dinos Christofides, que afirmou à Reuters ter sido convidado ainda na segunda-feira para supervisionar “a reestruturação do banco e a absorção de uma parte do Banco Popular (Laiki)”, como previsto no plano de resgate.
A solução encontrada para o país, que prevê um empréstimo de 10.000 milhões de euros, implica a revisão profunda do sector financeiro, estando prevista a transferência dos depósitos inferiores a 100.000 euros e dos activos “sãos” do Laiki para o Banco de Chipre. O primeiro banco será depois desmantelado, enquanto o Banco de Chipre será alvo de reestruturação.
“Isto significa que daqui em diante estarei a gerir o banco”, disse Dinos Christofides, admitindo que esse trabalho poderá durar “pouco ou muito tempo”.
Soube-se entretanto que o presidente do conselho de administração do Banco de Chipre, Andreas Artemis, apresentou nesta terça-feira a demissão, por alegadamente não concordar com o plano negociado com a troika.
Na segunda-feira, o banco central de Chipre tinha anunciado a nomeação de Andri Antoniades, uma administradora com 28 anos de experiência no sector da banca, para liderar o processo de liquidação do Laiki.
Antoniades é actualmente membro do instituto que representa os revisores oficiais de contas e está há 25 anos no grupo financeiro HSBC, tendo ocupado o cargo de presidente executiva nos últimos cinco anos. A gestora da liquidação do Laiki é também directora-geral do National Bank of Cyprus desde 2010.
No comunicado divulgado na segunda-feira pelo banco central de Chipre, referia-se apenas que a sua tarefa será “concretizar a reestruturação” do banco.
Onze dias depois do encerramento forçado dos bancos em Chipre, espera-se agora que as instituições financeiras reabram as portas na quinta-feira. Neste momento, os levantamentos estão limitados a 120 euros por dia, quando inicialmente o tecto máximo era de 260 euros.