Lucros da REN sobem 2,6%, para 123,9 milhões de euros

Investimento da empresa que gere as redes de transporte de electricidade e gás natural baixou em 2012. Base de activos cresceu 6,1%, beneficiando os lucros da REN.

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O conselho de administração, liderado por Rui Cartaxo, vai propor a distribuição de um dividendo de 17 cêntimos por acção Dário Cruz

À boleia da exploração de novas infra-estruturas na electricidade e do fim das obras no terminal de Sines, a REN - Redes Energéticas Nacionais registou em 2012 um aumento de 2,6% nos lucros, para 123,9 milhões de euros.

Para o resultado anual do grupo, divulgado nesta quinta-feira em comunicado, contribuiu a “expansão da base de activos”, que aumentou 6,1% (para 3380 milhões de euros).

É o caso do Porto de Sines, onde em Maio passado foram concluídas as obras de construção do terceiro tanque de armazenamento de gás natural liquefeito, permitindo à empresa que gere as redes de transporte de electricidade e gás natural aumentar a capacidade do terminal para 390 mil metros cúbicos.

O investimento total da REN, porém, baixou 42,5%, para 201,1 milhões de euros, um recuo que se deveu, segundo a empresa liderada por Rui Cartaxo, ao abrandamento das necessidades de novas infra-estruturas de gás e electricidade em Portugal.

O resultado antes de contabilizados os juros, impostos, depreciações e amortizações ascendeu a 514,6 milhões de euros, um crescimento de 8,9% em relação a 2011.

A REN adianta ainda que o conselho de administração vai propor à assembleia geral a distribuição de um dividendo aos accionistas de 17 cêntimos por acção.

Num ano que ficou marcado pela entrada dos chineses da State Grid e dos omanenses da Oman Oil Corporation no capital da REN, a empresa aprovou uma estratégia de desenvolvimento que passa pela aposta em negócios fora do mercado português, “sem prejuízo” da operação em Portugal. A State Grid controla 25% do capital (a Oman Oil Corporation 15%) e é hoje o principal parceiro estratégico da empresa.

Rui Cartaxo sublinha, em comunicado, que a prioridade da REN continua a ser Portugal, mas admite que, perante o abrandamento do investimento e “após a segunda fase da privatização”, a REN tem condições para “desenvolver novas fontes de criação de valor” fora de Portugal.

A chinesa State Grid vai investir 12 milhões de euros num centro de investigação e desenvolvimento na área metropolitana de Lisboa. O centro, vocacionado para a área a energia, estará centrado na resposta às necessidades da empresa e no projecto de internacionalização, atendendo em particular África e o Brasil.

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