Greve na Refer abranda circulação de comboios

Serviço condicionado até à meia-noite. Quinzena de greves culmina com manifestação no próximo sábado.

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Greve vai dificultar circulação de comboios nesta quarta-feira Nelson Garrido

A greve de 24 horas na Rede Ferroviária Nacional (Refer) deverá abrandar a circulação dos comboios da CP e da Fertagus até à meia-noite desta quarta-feira.

Ana Portela, porta-voz da CP, adiantou à agência Lusa que até às 6h da manhã apenas circularam as carruagens definidas pelos serviços mínimos, ou seja, 28 comboios. A paralisação na empresa gestora das infra-estruturas ferroviárias também perturbou a circulação da Fertagus, mas a empresa garante que reuniu “todas as condições para o normal funcionamento da sua actividade". Os horários actualizados podem ser consultados na página oficial da transportadora. O mesmo se passa no site da CP, que avisou os utentes para “fortes perturbações e supressões” em todos os seus serviços.

Por seu lado, a Refer diz que, de acordo com os serviços mínimos fixados pelo Tribunal Arbitral, “será garantida a abertura de canais horários que permitem a realização de cerca de 30% da circulação diária, privilegiando-se os períodos da manhã e final de dia”.

Abílio Carvalho, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), diz que a informação que chega das empresas é uma "resposta clara dos trabalhadores da Refer". A greve "num setor como este afecta sempre a circulação ferroviária, que está com bastantes perturbações”, disse em declarações à Agência Lusa. Para o sindicalista, caso não tivessem sido decretados os serviços mínimos, a greve teria mais impacto.

Greve também na Carris
Entrentanto, a Fectrans entregou um pré-aviso de greve na Carris, durante seis horas amanhã, dia 7 de Novembro. A empresa garante que todas as carreiras vão circular, apesar de algumas previsíveis perturbações. Neste período de greve, entre as 9h30 e as 15h30. os trabalhadores vão reunir-se em plenário.

A  Fectrans avançou com uma quinzena de protestos entre 25 de Outubro e 9 de Novembro, que arrancou com a paralisação nos CTT. Seguiu-se a greve no Metro de Lisboa e na Transtejo e Soflusa, ainda termina a 9 de Novembro. Neste caso, os trabalhadores param durante três horas por turno. No sector dos transportes públicos, apenas a Metro do Porto não aderiu a esta quinzena de contestação.

A Fectrans, afecta à CGTP, convocou também os funcionários das empresas públicas de transportes e reformados para uma manifestação nacional, a realizar em Lisboa no próximo sábado, 9 de Novembro. Os trabalhadores protestam “em defesa do serviço público e contra o roubo dos salários e pensões proposto pelo Governo”.

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