A privatização da CP Carga já não faz parte do programa de privatizações que o Governo estima concluir este ano. O executivo considera que o Plano Estratégico dos Transportes e Infra-estruturas (PETI), aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, melhora o contexto de venda da empresa e ajuda a desbloquear o processo de alienação da empresa de transporte ferroviário detida pelo Estado. Mas, mesmo assim, o Governo considera improvável que a venda ocorra este ano.

No último relatório do FMI, referente à décima avaliação da troika, referia-se que a transferência dos terminais para a Refer, passo fundamental para a privatização, irá ocorrer em Junho. A operação tem vindo a ser adiada desde 2012, e, de acordo com as informações mais recentes, do relatório do FMI, o atraso era justificado com a necessidade de “maximizar o seu valor de mercado”, ao mesmo tempo que se tenta recuperar as contas da empresa (cuja dívidas rondam os 100 milhões de euros).

Enquanto a venda da TAP, parcial ou total, está num compasso de espera, o Governo tenciona avançar este ano com a privatização da EGF, empresa de resíduos do grupo Águas de Portugal, e com a venda dos 11% que ainda detém na REN, (avaliados em cerca de 167 milhões de euros). A partir de Agosto, o Governo pode ainda optar por vender os 30% dos CTT que ficaram nas mãos do Estado.