GM já recolheu 20 milhões de veículos com defeitos

Companhia chama às oficinas mais 3,36 milhões de automóveis de vários modelos.

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Nova chamada às oficinas na GM

A direcção da General Motors decidiu, na segunda-feira passada, recolher mais 3,36 milhões de veículos em todo o mundo para substituir o sistema de ignição que saiu para o mercado com defeitos. Esta nova chamada às oficinas eleva para 20 milhões o número de automóveis que a construtora norte-americana já teve que recolher desde o início do ano.

Origem das dores de cabeça da nova presidente da GM, Mary Barra, os problemas detectados no sistema de ignição de vários modelos da marca estão, alegadamente, associados a 13 mortes em acidentes verificados com automóveis da companhia de Detroit.

O problema tem a ver com o facto de a ignição poder desligar-se em andamento, sem interferência do condutor, fazendo com que sistemas fundamentais para a condução fiquem desactividados - como o sistema de travões e o airbag.

Numa investigação interna cujas conclusões foram divulgadas recentemente, a General Motors sustentou que apesar de o problema na ignição ser antigo, não foram colhidas provas que apontem para a existência de um complot da empresa visando encobrir o facto dos clientes e do mercado. Mesmo assim, a companhia despediu 15 funcionários, entre eles o responsável pelo departamento de design do grupo, Ray DeGiorgio, que também foi responsável pela criação do sistema que veio substituir o defeituoso.

A opção por uma nova recolha vem colocar mais pressão sobre Mary Barra que, dentro de poucos dias, será ouvida no Congresso norte-americano. Citado pela agência Reuters, o senador democrata Richard Blumenthal, uma das vozes mais críticas da GM, afirmou que a política de recolhas "é apenas a ponta do iceberg em termos do que deve ser feito" para que situações semelhantes não voltem a surgir.

Mary Barra deverá aproveitar a audiência no Congresso para reafirmar a atenção que a companhia tem dado ao problema e ao trabalho que entretanto foi fazendo a este nível. A GM anunciou que vai constituir um fundo para indemnizar vítimas relacionadas com os defeitos nas componentes dos veículos e que reforçou os sistemas de controlo interno com vista a garantir segurança máxima dos veículos que saem das suas unidades de montagem. 
 

  



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