O estudo “Poder de compra na Europa 2013/2014” publicado nesta quarta-feira pela empresa de estudos de mercado GFK mostra que, em Portugal, o poder de compra médio anual por indivíduo é de 10.018 euros.

Portugal está a cerca de 2800 euros da média europeia (12.890) e revela grandes assimetrias territoriais.

No distrito de Lisboa, os habitantes têm um poder de compra médio anual de 14.145 euros, enquanto na Ilha do Corvo, no arquipélago dos Açores, este valor desce para cerca de metade da média europeia, para 6443 euros.

Num quadro dos países do Sul da Europa, Portugal está apenas à frente da Grécia. No entanto, o estudo não esclarece se a troca de posições em relação ao ano passado (Portugal passou para vigésimo e a Grécia para vigésimo primeiro) se deve à perda de poder de compra dos gregos ou ao aumento do poder de compra dos portugueses.

Nos casos da Grécia e da Irlanda, a GFK aponta também para as assimetrias internas, sendo que o poder de compra é maior nas capitais. Espanha e Itália ocupam a décima sétima e a décima quinta posição, respectivamente.

Em Espanha, o poder de compra corresponde aos números da média europeia.

O topo da tabela é ocupado pelo Liechtenstein, onde cada habitante tem um poder de compra anual de 58.844 euros, seguido pela Suíça (36.351 euros), Noruega (31.707) e Luxemburgo (28.185).

Tanto o país que ocupa o topo da tabela como o que ocupa a cauda permanece inalterado em relação ao ano passada. A Moldávia é o país onde existe um menor poder de compra, com 1284 euros anuais por indivíduo. 

Para a realização do estudo, a GFK analisou 42 países europeus e basou-se em estatísticas sobre níveis de rendimentos e de impostos, benefícios governamentais e previsões efetuadas por gabinetes económicos.