Cerca de 2600 pedidos de rescisões amigáveis no Estado

Programa para trabalhadores com funções administrativas e auxiliares termina no final do mês. Governo alarga rescisões a outras carreiras profissionais.

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O actual programa dirige-se a cerca de 213 mil funcionários com funções administrativas e auxiliares Paulo Pimenta

A dias de terminar o programa de rescisões amigáveis destinado aos assistentes técnicos e operacionais, deram entrada cerca de 2600 pedidos de funcionários que querem perder o vínculo ao Estado, avança o Correio da Manhã. Destes requerimentos, apenas 1300 receberam luz verde.

O programa, que se dirige a cerca de 213 mil funcionários com funções administrativas e auxiliares, arrancou a 1 de Setembro e termina a 30 de Novembro, estando ainda a correr um programa paralelo de rescisões de professores e outro para os trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris do Exército.

Em entrevista recente ao PÚBLICO, e quando até ao final de Outubro estavam contabilizados 1750 pedidos, o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, fazia um balanço “muito positivo”, dizendo que o programa estava a correr “dentro das expectativas”. No Verão, o Governo apontou como meta a redução de cinco mil a 15 mil funcionários. No entanto, explicou Hélder Rosalino, esse objectivo não se refere apenas aos assistentes técnicos e operacionais, mas foi estabelecido pelo Governo tendo em conta os vários programas de rescisões deste ano e que vão continuar no próximo ano.

No programa dirigido aos professores, que arrancou a 15 de Novembro, deram entrada na Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) 200 pedidos para já, de acordo com a informação citada pelo Correio da Manhã. E “parte significativa” daquela meta “vem da área da Educação”, disse o Secretário de Estado, na mesma entrevista.

Como o PÚBLICO já noticiou, o Governo está a preparar um programa dirigido aos técnicos superiores e a outras carreiras profissionais mais qualificadas, como é o caso do sector da Saúde. O secretário de Estado reconhecia ainda que está a lançar estes programas “em contraciclo” e de crise no mercado de trabalho no sector privado. “Se o programa de rescisões fosse feito há dez ou 15 anos, quando a economia estava a crescer, teríamos muito mais adesões”, enfatizou.
 
 
 

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