Bolsas europeias mistas com receios de exportação do resgate a Chipre

As principais bolsas europeias arrancaram em alta nesta terça-feora, excepto as de Milão e Madrid, que abriram em baixa com os investidores a temerem a hipótese do modelo de resgate a Chipre ser exportado para Itália e Espanha.

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Sentimento negativo dos investidores volta a atirar bolsas para fortes quedas. Foto: Rafael Marchante/Reuters

Na segunda-feira, as bolsas europeias, principalmente de Espanha e Itália, registaram fortes perdas depois de o presidente do Eurogrupo, o ministro das Finanças holandês Jeroen Dijsselbloem, ter insinuado a possibilidade de o modelo de ajuda financeira a Chipre ser adoptado noutros países. As declarações de Jeroen Dijsselbloem foram posteriormente corrigidas.

O temor da hipótese de as pequenas poupanças e os detentores de depósitos terem de contribuir para resgates do sector financeiro - adoptada para Chipre - provocou quedas nas bolsas e subidas dos prémios de risco de países da zona euro. Por outro lado, estendia-se nos mercados o rumor de que a agência de rating Moody´s tenciona baixar a notação da qualidade do crédito italiano.

A crise cipriota e o impacto dos acordos alcançados na madrugada de segunda-feira em Bruxelas vão marcar esta semana, mais curta para muitas das bolsas europeias. Os investidores também vão estar atentos à divulgação de dados relevantes da economia norte-americana, que serão revelados nesta terça-feira.

Cerca das 8h50 em Lisboa, o Euro Stoxx 50, índice que representa as principais empresas da zona euro, estava a subir 0,26%, a fixar-se em 2.656,18 pontos. Os principais índices das bolsas de Londres, Paris e Frankfurt estavam a subir, designadamente 0,06, 0,46 e 0,29%.

O principal índice da bolsa de Milão estava a descer 0,04%, enquanto o da bolsa de Madrid registava uma perda de 0,39%. A bolsa de Lisboa continuava em alta ligeira, com o PSI 20 a subir 0,06% para 6.026,63 pontos.

O euro abriu em baixa no mercado de divisas de Frankfurt, a cotar-se a 1,2879 dólares, depois de ter fechado na segunda-feira a 1,2887 dólares e de ter atingido, a 1 de fevereiro, o valor mais alto face ao dólar desde novembro de 2011, quando ultrapassou os 1,36 dólares.

O Banco Central Europeu (BCE) fixou na segunda-feira o câmbio oficial do euro em 1,2935 dólares. O barril de petróleo Brent para entrega em maio abriu em baixa ligeira, a cotar-se a 108,08 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, menos 0,09 dólares do que no fecho de segunda-feira.

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