BBVA não confirma desinvestimento na actividade em Portugal

Filial portuguesa representa fatia residual nos activos e passivos do grupo espanhol.

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O BBVA completa, em Junho, 23 anos de actividade em Portugal Mafalda Melo

A possibilidade de o grupo bancário espanhol BBVA alienar a actividade em Portugal, avançada nesta segunda-feira pelo jornal El Confidencial, não é confirmada pela instituição.

Ao PÚBLICO, o gabinete de imprensa do banco, através da assessora Andreia Madeira, disse que a instituição não faz qualquer comentário sobre a notícia, não desmentindo, nem confirmando a informação.

O jornal espanhol noticia que o banco liderado por  Francisco González contratou os serviços do grupo Nomura para sondar potenciais interessados na compra da operação do BBVA Portugal, que tem registado prejuízos nos últimos anos.

Segundo dados do Banco de Portugal, relativos aos nove primeiros meses de 2013, a operação portuguesa do grupo apresentou perdas de 57,5 milhões de euros, mais 52,9% do que no mesmo período do ano anterior.

A actividade bancária da filial portuguesa tem activos no valor de 5471 milhões de euros, enquanto os passivos estão nos 5192 milhões. Dada a dimensão internacional do grupo — que em Espanha é o segundo maior do sector financeiro privado, depois do Santander —, a presença no mercado português é residual nos activos e passivos totais. Segundo o mesmo jornal, em Dezembro do ano passado, a unidade portuguesa representava apenas 0,91% dos activos totais consolidados e 0,56% dos passivos.

Se a saída de Portugal se confirmar, tal como avança o El Confidencial, a alienação acontece depois de o grupo sedeado em Bilbao ter desinvestido na área de pensões em alguns países da América Latina e vendido algumas filiais. A actividade no Panamá, com um peso inferior ao da filial portuguesa nos activos do grupo (de 0,3%), foi vendida no ano passado ao grupo colombiano Aval por 645 milhões de dólares (468,7 milhões de euros, ao câmbio actual).

O BBVA está em Portugal desde Junho de 1991, altura em que incorporou os activos e passivos do Bilbao Vizcaya – Sociedade de Investimentos e da sucursal portuguesa do britânico Lloyds. Mais tarde, viria a fundir a actividade com o Argentaria, o Credit Lyonnais, o Midas e a divisão de consumo do banco Efisa, de acordo com a informação disponibilizada no site do banco.

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