Armadores estrangeiros podem “voltar a confiar” no Porto de Lisboa

Comunidade Portuária de Lisboa congratula-se com acordo de paz social alcançado entre operadores e estivadores

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Estivadores e operadores puseram fim a conflito de quatro anos Daniel Rocha

A direcção da Comunidade Portuária de Lisboa congratulou-se nesta sexta-feira com o acordo conseguido entre os operadores do porto de Lisboa  e o Sindicato dos Estivadores, assinado no final de Junho, dizendo que estão agora reunidas as condições  “para se poder transmitir aos armadores estrangeiros a mensagem de que podem voltar a confiar no porto de Lisboa” e dar-lhes a conhecer as “vantagens de voltarem a escalar um porto onde existe uma promessa de paz social para os próximos anos”.

A direcção do organismo que aglutina todos os intervenientes no negócio portuário deliberou, após reunião, dar conhecimento público da “importância que atribui ao acordo conseguido” e manifestar à Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, “o apreço pela importante intervenção que teve em várias fases das negociações, promovendo o desbloqueio de sucessivos impasses”. “Mas igualmente, ou talvez ainda mais importante, foi o seu decisivo papel para que a legislação em vigor fosse mantida e o pugnar pelo seu cumprimento, pilar fundamental num Estado de Direito”, escreve a Comunidade Portuária, num comunicado assinado pelo seu presidente, Rui  Raposo.

O acordo assinado entre operadores portuários e estivadores desbloqueou após uma maratona negocial de 15 horas, em que a própria ministra do Mar participou. “Tenho muito orgulho em dizer que participei nelas”, disse Ana Paula Vitorino durante uma audição parlamentar. Ao longo de todo o processo de aproximação das duas partes, que arrancou em final de Dezembro e durou mais de quatro meses, a ministra fez-se sempre representar, delegando o acompanhamento do processo em Lídia Sequeira, que haveria de convidar para ocupar o lugar de presidente da Associação do Porto de Lisboa.

A Comunidade Portuária de Lisboa integra associações ou empresas de serviços como pilotagem, reboques, concessionários, agentes de navegação, armadores, empresas de estiva, transitários, entre outros.

“Agora, que esta difícil crise - em que o porto de Lisboa se viu envolvido, e que se arrastou por quase quatro anos -, foi ultrapassada, estão criadas as condições para que o nosso porto volte a adquirir vitalidade, o que é fundamental para a cidade de Lisboa e para a economia nacional”, termina o comunicado da Comunidade Portuária.

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