As administrações da Zon e da Optimus aprovaram por unanimidade nesta segunda-feira o projecto de fusão das duas empresas. O novo operador que resultar desta operação, para já denominado Zon Optimus, deverá alcançar uma quota de 26% no mercado nacional das telecomunicações.

As duas administrações acreditam que o novo grupo terá uma escala capaz de “aumentar a projecção do mercado” de capitais nacional, ao ganhar uma “dimensão significativa”, tendo em conta mais de 1600 milhões de euros de receitas combinadas entre a Zon e a Optimus (detida pela Sonaecom, dona do PÚBLICO), segundo valores de 2011. Com esta junção, os dois grupos esperam gerar sinergias entre 350 milhões e 400 milhões de euros.

Os dois grupos defendem que as duas operadoras “têm um elevado grau de complementaridade de negócios em Portugal” pelo facto de, actuando no mesmo sector, cada uma ter o seu segmento de mercado. É dessa integração “entre um operador móvel e um operador de rede fixo de nova geração” que as administrações acreditam que surgirão “inúmeras oportunidades” que vão ao mesmo tempo aumentar a concorrência no mercado.

As operadoras esperam, entre outras sinergias, optimizar investimento em infra-estruturas, explorar a convergência de redes, reduzir “custos inerentes ao investimento do grupo Zon, no segmento móvel, e do grupo Optimus, no segmento fixo e no projecto de televisão por subscrição” .

A junção foi proposta em Dezembro pela Sonaecom e pela empresária angolana Isabel dos Santos, que controla 28,8% da Zon através das sociedades Kento e da Jadeium. Segundo se prevê no projecto de fusão agora conhecido, a Zon adopta a designação social de Zon Optimus SGPS ou qualquer outro nome que venha a ter luz verde no Registo Nacional de Pessoas Colectivas.

Desde o anúncio desta fusão, as acções da Zon subiram 16,2%, enquanto a valorização da dona da Optimus foi 15,7%.