Acções da PT sobem em dia de AG decisiva sobre fusão com a Oi

Títulos da operadora já chegaram a subir mais de 4%

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As acções da Portugal Telecom (PT) seguem esta quarta-feira a valorizar mais de 3%, depois de terem estado a subir 4%, um sprint que acontece a poucas horas dos accionistas votarem, em assembleia geral, a nova combinação de negócios com a brasileira Oi.

A assembleia geral (AG),  com início marcado para as 16h30, acontece na sequência da polémica aplicação financeira em papel comercial da Rioforte, de que resultou uma perda, por falta de reembolso, de cerca de 900 milhões de euros, e que determinou uma alteração dos rácios de fusão com a operadora brasileira.

No âmbito do aumento de capital da Oi, a PT passou a deter uma participação directa e indirecta de 39,7% operadora na brasileira de 39,7%.

Na sequência da perda dos 900 milhões de euros, os accionistas são chamados a votar a compra,  pela PT, do instrumentos Rioforte, por contrapartida da venda de 16,9% do capital social da Oi e de 17,1% dos respectivos direitos de voto. Na prática, os accionistas estão a ser chamados a votar uma redução da posição da PT na Oi de 37,3% para 25,6%.

Os actuais accionistas da PT (como a Ongoing e a Visabeira) mantêm uma opção de recuperar a posição accionista anterior, no prazo de seis anos, se a empresa conseguir anular o impacto negativo da dívida da Rioforte, possibilidade que parece, actualmente, de difícil concretização.

Apesar da oposição de alguns pequenos accionistas da PT, e da decisão do presidente da mesa da assembleia de impedir os direitos de voto da Telemar (que controla a Oi), por conflito de interesses, os maiores accionistas deverão aprovar os novos termos do negócio.

Até ao momento, não é conhecida a posição do Novo Banco, gerido por Vítor Bento e que responde por 10,06 % do capital da operadora nacional.

O receio de litigância judicial, por iniciativa dos brasileiros, se as alterações não forem aprovadas, deverá condicionar a posição dos maiores accionistas nacionais, entre os quais estão os grupos Ongoing e a Visabeira.

A operação terá de ser aprovada por 2/3 do capital presente na AG, que por sua vez não poderá ser inferior a 1/3 do capital social.

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