Bolsa de Lisboa subiu 2,62% com PT a valer um euro por acção

CMVM prolonga proibição de short selling na PT para a sessão desta quarta-feira.

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Títulos voltam a fixar novo mínimo histórico a 0,62 euros

A bolsa portuguesa encerrou nesta terça-feira a subir 2,62%, num dia de forte recuperação dos mercados europeus, entusiasmados com a disponibilidade demonstrada pelo Banco Central Europeu (BCE) para comprar dívida hipotecária.

Depois das fortes quedas da semana passada, os principais índices europeus encerram com ganhos acima de 2%, à excepção do Dax alemão, que ficou ligeiramente abaixo desse patamar.

A compra de dívida hipotecária, já a partir de Dezembro, é positiva para os bancos, em especial os do Sul da Europa, e isso mesmo ficou reflectido nas fortes valorizações dos títulos do sector financeiro.

Na bolsa de Lisboa, o BCP valorizou quase 10%, o BPI subiu 5,52% e o Banif ganhou 4,76%.

Várias cotadas apresentaram ganhos expressivos, com destaque para a valorização de 8,43% da Teixeira Duarte e de 4% da Semapa. Com ganhos acima de 3% ainda a Portucel, os CTT e a Mota-Engil.

A valorização do principal índice da praça portuguesa, o PSI 20, foi travada pela queda de 8,15% da PT, que ainda assim conseguiu encerrar a valer um euro por acção.

A proibição de short selling, decidida pela comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para a sessão desta terça-feira e já prolongada para esta quarta-feira, travou maiores quedas do título. Também a liquidez ficou um pouco abaixo da última sessão, ao negociar 21 milhões de títulos, contra os 55,5 milhões anteriores.

A proibição do short selling, que consiste na venda de acções emprestadas, que o vendedor espera recomprar a preço mais baixo (ganhando a diferença) ajuda a explicar a menor queda dos títulos na sessão desta terça-feira.

Na segunda-feira, as acções da PT chegaram a perder 28%, para 0,87 euros, uma queda explicada pela reduzida expectativa de que a empresa consiga recuperar o empréstimo de cerca de 900 milhões de euros concedidos à Rioforte, que por decisão do Luxemburgo segue para liquidação.

Para além da exposição ao grupo Espírito Santo, os títulos da PT continuam a reflectir as sucessivas desvalorizações da Oi, que ontem voltou a perder 7% na Bolsa de São Paulo e segue nesta terça-feira a perder mais de 2%..

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