Os resultados da Sonae aceleraram entre Julho e Setembro, o que leva Ângelo Paupério, que reparte a presidência da comissão executiva (Co-CEO) com Paulo Azevedo a dizer que se tratou de um período “francamente positivo”. 

A empresa, que é proprietária do PÚBLICO, destaca o crescimento na casa dos dois dígitos (10,7%) das vendas, para 1451 milhões de euros e dos resultados operacionais em 9,9%, para 111 milhões de euros.

O destaque dos resultados do terceiro trimestre, comparativamente a igual período de 2015, permite destacar as vendas do retalho alimentar (do Continente),, que cresceram 8,4%, quando as estimativas de crescimento deste mercado rondam os 3%. Os resultados líquidos cresceram 34%, para 61 milhões de euros.

Se estes indicadores forem diluídos nos resultados dos primeiros nove meses, o crescimento homólogo é menor : as vendas cresceram 6,7%, o EBITDA 3,1%, e os resultados líquidos caem 3,1%.

Em declarações ao PÚBLICO, Luís Filipe Reis, da administração da Sonae (CCCO – Chief Corporate Center Officer), destacou o crescimento das principais áreas de negócio (centros comerciais, telecomunicações e retalho), destacando ainda a aceleração do investimento a redução e renegociação da dívida.

No acumulado dos nove meses, a Sonae investiu 293 milhões de euros, um crescimento de 72% face a igual período de 2015. Este investimento e excluindo a empresa que detém a marca de roupa Salsa, adquirida recentemente, permitiu a criação de mais de três mil postos de trabalho, maioritariamente em Portugal.

No mesmo período, a dívida diminuiu em 60 milhões de euros e foi realizado um refinanciamento de 700 milhões, o que mostra, segundo o CCCO, “a facilidade de acesso da Sonae ao mercado financeiro”.