Projectos recentes, música nova, com sons de sempre, ou quase sempre. É essa a proposta do Ciclo Exploratório de Música Tradicional que pretende mostrar que a música tradicional portuguesa está bem e recomenda-se. No Teatro São Luiz, em Lisboa, há seis concertos em dois dias.

Do folk ao rock, nos dias 31 de Março e 1 de Abril, há música para todos os gostos. E instrumentos vários, do cavaquinho à gaita galega, até ao banjo e ao adufe. O nome não engana: Ciclo Exploratório de Música Tradicional. O público é convidado a explorar que música se faz, e se ouve, no país, numa produção da Ocarina Music.

Os Tanira, banda folk rock de Lisboa, são os responsáveis por abrir o ciclo, no Jardim de Inverno do São Luiz, e a eles segue-se Luis Peixoto. O músico e produtor de Coimbra, ex-Dazkarieh, apresenta-se de cavaquinho em mão mas não se fica por aí. Peixoto combina elementos de electrónica, dançáveis e o som acústico do cavaquinho português. A noite termina com os Charanga, vencedores do Prémio Megafone SPA/2014, e conhecidos por combinarem gaitas-de-foles, samplers e violinos.

No dia a seguir, é a vez dos algarvios Orblua, cuja música parte de gravações algarvias de Giacometti ou de lengalengas populares, subirem ao palco. O Ciclo Exploratório de Música Tradicional termina com os Pé na Terra e o Dj António Pires com uma sessão que quer ser uma viagem pelas últimas cinco décadas da música portuguesa.

Nesta sexta-feira, ainda não há música mas há uma conversa sobre o tema. Na Fnac do Chiado, às 18h, os músicos Carlos Guerreiro e João Cleto e o autor do blogue Crónicas da Terra, Luís Rei, vão falar sobre a riqueza e diversidade da música tradicional portuguesa.