Joaquim Pinto e Nuno Leonel em diálogo com Agnès Varda e Matthew Porterfield, o sexo a ligar João César Monteiro, Bruce La Bruce e Catherine Breillat... são algumas das conexões imaginadas pelo diálogo que tem sido mantido pelo realizador Joaquim Sapinho e pelo americano Haden Guest, director da Harvard Film Archive.

São eles os curadores do programa Harvard na Gulbenkian que há um ano, ao propor-se tirar o cinema português de uma ilha exótica e a colocá-lo onde ele deve estar, no mundo, envolveu a obra de António Reis/Margarida Cordeiro, Paulo Rocha, Susana de Sousa Dias, Manuela Viegas, Manuel Mozos e Pedro Costa com as de Ben Rivers, Bela Tarr, Nelson Pereira dos Santos, Víctor Gaviria, Patrício Guzmán, Soon-mi Yoo, Lucrecia Martel, Martin Rejtman, Denis Côté, Albert Serra, Nicolás Pereda e Tomita Katsuya. Condição sine qua non: que os realizadores das obras convidadas para estes diálogos no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian se desloquem a Lisboa. Por essa razão, faltará ainda confirmar alguns dos nomes/títulos do programa 2 desta iniciativa, mas o que se anuncia de seguida, que acontecerá a partir de 10, 11 e 12 Outubro, sim: Sol Menor, Pedra no Bolso e Santa Maria (Pinto e Leonel) no primeiro fim-de-semana juntamente com La Pointe-Courte, As Praias de Agnès, Agnès de Ci de Là Varda (Varda), Putty Hill e Hamilton (Porterfield).

A 31 de Outubro, os libertinos: Breillat (Barba Azul, Para a Minha Irmã) e Bruce La Bruce (super 8 1/2 e Gerontophilia) confrontam-se com Lettera Amorosa e Silvestre de César Monteiro. Em Novembro (21, 22 e 23), o cinema, de Joaquim Sapinho e Nathaniel Dorsky, a testemunhar o som e o espectáculo do mundo, e, em Dezembro, João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata conversam com Tsai Ming-liang (uma afinidade electiva sempre assumida) e Claire Denis, Vítor Gonçalves cruza-se com as sombras existenciais de José Luis Guerin a 9, 10 e 11 de Janeiro de 2015 e, a terminar, Manoel de Oliveira, Aki Kaurismaki, Robert Beavers, Matías Piñero – 23, 24, 25 de Janeiro.