Something Must Break vence Queer Lisboa

Longa-metragem da sueca Ester Martin Bergsmark foi a favorita do júri da 18.ª edição do festival.

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Something Must Break, de Ester Martin Bergsmar

A longa-metragem sueca Something Must Break (2014), de Ester Martin Bergsmark, venceu o 18.º Festival Queer Lisboa. O júri destacou a "sua desafiante originalidade e visão pungente”.

O prémio, no valor de mil euros, distingue “um filme eminentemente físico que mexe com os nossos sentidos de forma inesperada”, argumenta ainda o júri, acrescentando tratar-se de "um filme do qual quase sentimos o sabor e o cheiro”.

Nesta mesma categoria de longa-metragem, o júri composto por Lene Thomsen Andino, Manuel Mozos e Michael Blyth decidiu atribuir uma Menção Honrosa a Atlántida, de Inés María Barrionuevo, “pela subtil e aliciante evocação da juventude” desta coprodução franco-argentina: "Uma obra sustentada em muito mais do que as palavras para dar vida às suas personagens, criando sentido através da sua sofisticada linguagem visual e abordagem narrativa não convencional."

O Prémio do Público da Competição de Longas-Metragens, foi para Rosie, de Marcel Gisler, uma produção germano-helvética de 2013. “Em lugar de premiar um actor e uma actriz, o júri realçou três interpretações que sentiram habitarem plenamente as suas personagens, independentemente do género sexual”, afirma em comunicado a organização.

O Prémio de Menção para Melhor Interpretação foi para Saga Becker, pelo seu desempenho em Something Must Break, “pela sua honesta e reveladora interpretação, e ao mesmo tempo emotiva e física”, destacou o júri, acrescentando que “este é um trabalho de actor que conhece plenamente o material com que trabalha”,

Receberam também este galardão Kostas Nikouli, pelo papel em Xenia, de Panos H. Koutras, produção tripartida de Grécia, Bélgica e França, e Angelique Litzenburger, pelo desempenho em Party Girl, de Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis, da França.

O Prémio Melhor Documentário foi para Julia, produção germano-lituana de 2013, numa realização de J. Jackie Baier; o Prémio do Público nesta categoria foi para São Paulo em Hi-Fi, (2013), de Lufe Steffen. O júri da competição de Documentários foi composto por Ana Isabel Strindberg, Martin Botha e Miguel Bonneville.

O Prémio para a Melhor Curta-Metragem (patrocinado pela RTP, que adquiriu os direitos de transmissão) foi para Mondial 2010, produção libanesa de 2014, realizada por Roy Dib. O júri atribuiu o Prémio de Melhor Curta-Metragem Portuguesa a Frei Luís de Sousa (2014), de SillySeason.

O 18.º Festival Internacional Queer Lisboa decorreu no Cinema São Jorge, tendo exibido 135 filmes de 38 países, segundo dados da organização. Em 2015 o Festival decorrerá de 18 a 26 de setembro.

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