Não será uma formação permanente, mas, ao longo deste ano, e por pelo menos quatro vezes, Cascais poderá dizer que tem uma orquestra sinfónica: para uma série de concertos especiais, a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras (OCCO) mais do que duplicará a dimensão da sua formação, juntando entre 75 e 80 instrumentistas.

Hoje com 30 profissionais contratados, a OCCO, que celebra 15 anos, convidará pontualmente profissionais nacionais e estrangeiros, mas, sobretudo, jovens finalistas das várias escolas superiores portuguesas, explicou ao PÚBLICO o maestro Nikolay Lalov, pouco depois de um encontro com a comunicação social em que a Câmara de Cascais apresentou os grandes eventos planeados para o concelho em 2015.

Lalov, fundador da OCCO, presidente da direcção da orquestra e seu maestro, diz que, por enquanto, estão planeados quatro concertos sinfónicos, com a possibilidade de um quinto ainda em estudo. E será já em Março o primeiro – o de Primavera (seguindo-se os de Verão, Outono e Inverno).

Juntando-se às comemorações dos 70 anos do fim da II Guerra Mundial, a 21 de Março o pianista português Artur Pizarro juntar-se-á à orquestra para a interpretação da Sinfonia nº 9 de Antonin Dvorak, conhecida como Sinfonia do Novo Mundo – a composição que o compositor checo estreou a 16 de Dezembro de 1893 na Sociedade Filarmónica de Nova Iorque, materializando a sua perspectiva do que seria a música americana do futuro: inspirada em elementos da música negra e em elementos melódicos americanos. No Verão será a vez de um concerto para dois pianos de Carl Czerny, no Outono obras de Luís de Freitas Branco e, por fim, o ano fechará no início de Dezembro com a 9ª Sinfonia de Beethoven, juntando solistas de vários países e diferentes coros do concelho de Cascais.

Estas apresentações especiais juntar-se-ão aos cerca de 120 concertos, recitais e animações que a OCCO faz já actualmente por ano.