100 artistas, sete continentes: Live Earth regressa em Junho

A iniciativa para a consciencialização do aquecimento global foi apresentada esta quarta-feira por Al Gore e Pharrell Williams no Fórum Económico Mundial de Davos.

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Al Gore, co-fundador do Live Earth, e Pharrell Williams, que participou na primeira ediçao em 2007, apresentaram a nova iniciativa em Davos REUTERS/Ruben Sprich

A canção da Band Aid 30, regravação de Do they know it’s Christmas? feita para apoiar a luta contra o ébola, ainda está fresca nos nossos ouvidos, mas a beneficência praticada com música não pára. Tal foi confirmado esta quarta-feira no Fórum Económico Mundial de Davos por Pharrell Williams, o cantor, e Al Gore, o político, o ex vice-Presidente americano, o Nobel da Paz, o protagonista de Uma Verdade Inconveniente, oscarizado documentário sobre a questão do aquecimento global.

Dia 18 de Junho terá lugar um novo Live Earth, acontecimento em forma de concerto planetário que pretende consciencializar o mundo para as alterações climatéricas em curso.

O evento sucede ao realizado em 2007, que contou com concertos dos Genesis, Linkin Park, Metallica, Angélique Kidjo, Rihanna ou MIA em cidades como Londres, Nova Iorque, Joanesburgo ou Tóquio. Os espectáculos, que terão entre quatro a seis horas de duração, irão suceder-se durante 24 horas continente após continente (incluindo a Antárctida). Paris, onde terá lugar em Dezembro a Conferência das Nações Unidas para as alterações climatéricas, será o pólo central da iniciativa. O produtor Kevin Wall, fundador com Al Gore do Live Earth, prevê uma audiência global de dois mil milhões de espectadores.

Pharrell Williams, que participou no Live Earth de 2007 (actuou no Rio de Janeiro), é o director artístico mas, para já, não revela quaisquer nomes participantes nos concertos. Sabe-se apenas que contemplará sete espectáculos e cerca de cem artistas. “Em vez de termos só pessoas a actuar, vamos ter a Humanidade em harmonia ao mesmo tempo, literalmente”, disse em Davos. Recordando que, em 2007, a iniciativa foi alvo de escárnio por parte de “comentadores e comediantes que não compreendiam o aquecimento global”, prometeu que, desta vez, será “muito diferente”.

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