Licença para ser buñueliano: Daaaaaalí!, de Quentin Dupieux
Dalí é salvo-conduto para o realizador francês se armar em buñueliano sem pedir desculpa.
Depois de uma obra a traficar uma espécie de memória, clandestina e irrisória, do surrealismo cinematográfico, o francês Quentin Dupieux assume o gag, tira a memória do porão e trá-la à luz do dia. É Daaaaaalí!, embate com um vulto maior do surrealismo, Salvador Dalí, personagem que o filme multiplica, ou multiplica os actores que a interpretam – feitas bem as contas, há no filme tantos Dalís quanto o número de “aa” contido no título, seis Dalís, ou, portanto, um Daaaaaalí.
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