Vinte anos passaram e o Club Kitten não envelheceu: reencarnou
Em 2001, um clube mensal animado por um DJ chegado de Londres mudou – para sempre – a noite do Porto. O Club Kitten ressuscita sábado no Pérola Negra. “Deixa ver como corre. É como um date.”
Dele se dizia, à entrada do século XXI no Porto de entranhas revolvidas pelas obras da Capital Europeia da Cultura, que andara por Londres a estudar design gráfico e dera, muito maquilhado e quase travestido, em figurante de um filme de culto, Velvet Goldmine. Qualquer semelhança entre a noite portuense e esse espaço-tempo punk meets glam meets electro movido a “álcool barato” e embrulhado em brilhos “charity-shop trash look”, como descrevia a revista i-D, não era sequer coincidência: pertencia ao reino da mais absoluta fantasia. E no entanto um fenómeno mais ou menos assim nasceu numa certa madrugada de Julho de 2001 num palacete da Avenida da Boavista, onde forjou uma comunidade festiva e libertina, vindo depois a ganhar uma inesperada fama nacional e, definitiva coroa de glória, a suscitar o assédio da capital.
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