Montepio pode mudar de nome

Numa entrevista ao Negócios, o presidente da Caixa Económica Montepio, admite a possibilidade de haver uma nova marca.

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Félix Morgado daniel rocha

Félix Morgado, presidente da Caixa Económica (o banco Montepio), admite que tem de mudar de marca. O Banco de Portugal exige uma separação entre o banco e a associação mutualista a começar logo na marca e a intenção é mudar o nome do banco e não da associação que o detém.

Em entrevista ao Negócios, Félix Morgado diz que "é um tema que tem de ser estudado porque a marca Montepio tem grande valor de mercado", contudo, perante a exigência do supervisor, "parece mais provável que a adaptação seja feita ao nível da caixa económica". Se essa mudança vai ser feita este ano ainda não é certo. 

Na mesma entrevista, Félix Morgado garante que a "Caixa Económica, neste momento, não tem qualquer crédito concedido à associação mutualista", isto porque além da marca, o Banco de Portugal está preocupado com a exposição do banco ao seu único accionista.

Félix Morgado garante ainda que "não há interferência" da associação no banco, que apesar de não ser uma sociedade anónima é independente da associação dona do Montepio, mas que sempre tem contado com a associação para suprir quaisquer necessidade de capital se estas vierem a ser necessárias. "A associação tem sido sempre solidária com as necessidades de reforço da caixa económica".

A entrevista do presidente do banco aconteceu um dia depois da reunião do conselho geral da Associação Mutualista Montepio Geral. Na reunião, que avaliava as contas consolidadas de 2015, o clima foi tenso. Tomás Correia, tal como conta o PÚBLICO, recusou demitir-se.

Depois de o PÚBLICO ter noticiado que a auditora KPMG alertou para um "buraco" de 107 milhões de euros, o presidente da associação deu ontem uma conferência de imprensa em que considerou "alarmistas" as notícias que dão conta de possibilidade de "falência técnica", pedindo "serenidade" e "bom senso".

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