Aumento do imposto do tabaco vai potenciar contrabando e assaltos, dizem armazenistas

O Governo vai aumentar os impostos sobre o tabaco, charutos e cigarrilhas e tabaco de enrolar e conta conseguir mais 124,2 milhões.

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Restrições ao consumo de tabaco contribuíram para melhoria ADRIANO MIRANDA

A presidente da Associação Portuguesa de Armazenistas de Tabaco (APAT) considerou nesta quarta-feira que a proposta de aumento de impostos sobre todos os tabacos em 2014 vai levar a um aumento do desemprego, do contrabando e dos assaltos.

“Quanto maior é o imposto mais contrabando e contrafacção entra no mercado, o que tem acontecido nos últimos anos”, disse à agência Lusa Helena Baptista, salientando que a medida vai levar também ao aumento do desemprego no sector e dos roubos.

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2014 (OE2014) entregue terça-feira na Assembleia da República, a receita com o imposto sobre o consumo de tabaco (IABA) deve aumentar assim 9,5% face à estimativa de receita que o Governo prevê para o final de 2013.

Assim, o Governo deve conseguir um total de 1.430,5 milhões de euros com impostos sobre os diferentes tipos de tabaco, se a estimativa se concretizar.

Em declarações à Lusa, a presidente da APAT, sublinhou que o aumento dos impostos vai também fazer subir a probabilidade de ocorrência de assaltos.

“Mais grave ainda é que se anda a vender tabaco em folha (…) pois é um produto que paga imposto de produto agrícola e está ser bastante procurado e não é fiscalizado”, referiu, salientando tratar-se de um concorrência desleal.

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