Corticeira Amorim, Sonae Capital e Montepio entram no PSI-20

Revisão de Março decidida pela Euronext promoveu três empresas, mas desclassificou outras duas.

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PSI 20 desvalorizava 0,16% na abertura da sessão Gonçalo Português/Público

A Euronext anunciou esta segunda-feira a revisão da composição do principal índice da praça nacional, o PSI-20, indicando três novas entradas: o fundo Montepio, a Sonae Capital e a Corticeira Amorim. O índice continua, no entanto, a não ter os 20 títulos que lhe compõem o nome, já que na revisão de Março se assistiu, também, à saída de duas empresas: a Impresa e a Teixeira Duarte.

Estas alterações, que decorreram no âmbito da revisão anual do índice, entram em vigor no dia 18 de Março, sexta-feira, após o fecho da sessão.  E permitirão à Euronext cumprir a cláusula do seu regulamento que impõe que o índice tenha um mínimo de 18 títulos na sua composição – sendo que até agora, e desde Dezembro de 2015, com a saída do Banif, tinha apenas 17 cotadas.

A Teixeira Duarte e a Impresa, que tinham sido promovidas ao PSI-20 no início de 2014, voltam agora ao índice geral depois de a Euronext verificar que não eram cumpridos os requisitos que garantiam a sua manutenção.

Um dos principais critérios para a promoção ou despromoção de uma cotada é o número de títulos que tem disperso em bolsa, o chamado free float. Importante é também a capitalização bolsista ajustada ao free float. Nas regras da bolsa portuguesa, a capitalização bolsista mínima é de 100 milhões de euros, mas, na verdade, esse critério acaba por não ser determinante para a inclusão ou exclusão de empresas no índice.

Quanto às novas entradas, destaque para a Corticeira Amorim, que marca a entrada no índice de um sector em que Portugal tem liderança mundial. Fonte da empresa contactada pelo PÚBLICO destaca que a inclusão das acções da Corticeira no índice traz “um factor de interesse acrescido particularmente para os investidores institucionais”.

Não foi uma promoção propriamente inesperada, já que a empresa de Américo Amorim tem vindo desde 2010 a apresentar indicadores de crescimento na actividade e, consequentemente, na performance económico-financeira. A dispersão em bolsa, no passado mês de Setembro, de mais de cinco por cento do capital também teve impacto directo na valorização do título.

A Sonae Capital é uma empresa do universo do empresário Belmiro de Azevedo, que gere vários negócios no qual se destaca na área do turismo. Quanto ao Montepio, desde Dezembro de 2013 que a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) tem capital próprio cotado em bolsa, e materializado em fundos de participação.

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