Sector da construção deve terminar o ano com crescimento de 1,5%

A confirmar-se, a recuperação chega depois de 13 anos de queda consecutiva.

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Com quebra na actividade residencial, e a engenharia civil que assume maior peso. Fernando Veludo/NFactos

O Barómetro da Construção já tinha assinalado a saída do sector da construção da "recessão técnica", mas a perspectiva é agora reforçada por um estudo da Informa D&B, divulgado esta segunda-feira, que antecipa um crescimento de 1,5% em 2015, que será reforçado em 2016.

“Num contexto de reactivação da economia portuguesa, espera-se um ligeiro aumento da actividade no sector da construção em 2015, o que representaria uma inversão da tendência face ao observado nos últimos treze anos”, refere a consultora.

Acrescenta a empresa que “no final do referido exercício estima-se um valor da produção próximo dos 11.500 milhões de euros, o que significaria um crescimento de 1,5% face a 2014” e que as previsões para 2016 “apontam para que se mantenha a tendência de recuperação da actividade”.

Em 2014, o sector “manteve a tendência descendente, ainda que a evolução tenha sido menos negativa do que no biénio 2012-2013”.

Avança a Informa D&B, que o valor da produção  no último ano foi de 11.301 milhões de euros, o que significa menos 4,5% do que em 2013, ano em que a quebra foi de 15%.

A construção residencial foi o segmento que registou pior comportamento, com a produção a apresentar quebras de 10%. O número de fogos concluídos sofreu uma redução de 54,4%, situando-se abaixo das 9500 unidades, com todas as zonas geográficas a registar variações negativas.

No segmento da construção não residencial, o valor da produção caiu 5,7%, devido principalmente ao comportamento negativo da componente pública (-11%).

Ainda de acordo com o estudo, a engenharia civil foi o segmento mais importante, tendo gerado um volume de negócios ligeiramente acima dos 5700 milhões de euros, menos 1% do que em 2013.

Face ao abrandamento da procura em Portugal, a facturação no exterior dos grupos portugueses do sector da construção, incluindo filiais estabelecidas noutros países, manteve uma evolução positiva nos últimos anos, estimada em cerca de 5600 milhões de euros em 2014.

No final de 2014 operavam no sector 18.902 empresas detentoras de alvará, menos 3,3% do que em 2013. Em Junho de 2015 esse número caiu para 17.864.

O número de empresas detentoras de título de registo situou-se em 29.315 no final de 2014, o que constituiu uma quebra de 4,8% face a Dezembro de 2013, tendo-se situado abaixo dos 28.500 em Junho de 2015.

Também o emprego gerado pelo sector diminuiu 4,3% em 2014, para 275.800 trabalhadores, valor que representa 6,1% do número total de trabalhadores em Portugal.

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