Títulos da Mota-Engil África começam a negociar a 11,50 euros por acção

Negociação arranca segunda-feira, na bolsa de Amesterdão.

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Grupo liderado por António Mota está a crescer mais na América Latina do que em África NFACTOS/FERNANDO VELUDO

As acções da Mota-Engil África começam a negociar na bolsa de Amsterdão na segunda-feira, com um preço fixado em 11,50 euros por acção, comunicou esta sexta-feira a empresa.

De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), entretanto divulgada, a Mota-Engil informa ainda que "o prospecto em língua inglesa foi esta sexta-feira aprovado pelo regulador holandês (Stichting Autoriteit Financiële Markten)", encontrando-se já em consulta pública.

Na assembleia geral da Mota-Engil de 27 de Dezembro de 2013 foi distribuído aos accionistas da Mota-Engil SGPS 20% do capital da Mota-Engil África, tendo este dividendo ficado condicionado à cotação desta subsidiária numa bolsa europeia.

A empresa pretendia fazer um IPO (Oferta Pública Inicial) da Mota-Engil África, e cotar a empresa em Londres, mas a operação acabou por ser suspensa, avançando apenas a operação de distribuição de dividendos em espécie (acções) e a cotação em Amesterdão, onde a empresa tem sede.

Em resultado desta operação, a Mota-Engil África será detida a 80% pela Mota-Engil SGPS e com 20% (do capital) distribuído pelos accionistas da Mota-Engil que tiveram direito a este dividendo.

A Mota-Engil desistiu da oferta inicial de dispersão de capital da Mota-Engil África na bolsa de Londres por deterioração das condições de mercado, optando por cotar na bolsa de Amesterdão as acções que resultaram do processo de cisão dos negócios do grupo no continente africano.

Se não avançasse com esta operação, o processo iniciado e aprovado na assembleia geral de Dezembro de 2013 voltaria à estaca zero.

A primeira tentativa de cotar a empresa que agrupa os negócios em África na bolsa de Londres aconteceu em Julho, e o processo foi suspenso na sequência de condições de mercado adversas, geradas em boa parte pela derrocada do Grupo Espírito Santo.

Desde então, a empresa terá tentado relançar a operação, mas sem sucesso. O triângulo - empresa com sede na Holanda, com negócios em África, e cotada em Londres (em libras) ­-, a par de condições de mercado desfavoráveis, não foi bem recebido no mercado. A opção pela bolsa de Amesterdão permite a cotação das acções em euros.

A Mota-Engil África responde por 49% do volume de negócios do grupo e é um dos mercados que tem registado maiores crescimentos.

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