Cronologia: da entrada em bolsa à luta pelo controlo da ES Saúde

As movimentações começaram em Agosto, seis meses depois de a Espírito Santo Saúde (ES Saúde) entrar em bolsa. Já são três os interessados na empresa liderada por Isabel Vaz: o grupo Ángeles, a José de Mello Saúde e a Fidelidade.

Foto
A ES Saúde tem 18 unidades, entre elas o Hospital de Loures, que gere em regime de PPP, e que representa cerca de 20% das receitas Daniel Rocha

A ES Saúde entra na Bolsa de Lisboa. As acções arrancam a valer 3,20 euros.

6 de Junho
Os títulos da ES Saúde atingem os 3,90 euros.

18 de Julho
O grupo Ángeles e o director-geral, Olegário Vázquez Aldir, começam a comprar acções da ES Saúde.

29 de Julho
O Tribunal Comercial do Luxemburgo aceita os pedidos de gestão controlada (protecção contra credores) da Rioforte e da Espírito Santo Financial Group, accionistas da Espírito Santo Health Care Investments (ESHCI), que detém 51% da ES Saúde.

13 de Agosto
O grupo Ángeles passa a deter uma participação qualificada de 2,187%. Vázquez Aldir reforça a posição e o pai, Olegário Vázquez Raña (presidente do conselho de administração), também compra acções.

14 de Agosto
Vázquez Aldir e Vázquez Raña voltam a comprar títulos. A posição do grupo Ángeles sobe para 3,191%.

18 de Agosto
Na véspera de anunciar a OPA (oferta pública de aquisição), a Ángeles volta a comprar acções, passando a deter 3,32% da dona dos hospitais da Luz (Lisboa), Beatriz Ângelo (Loures) e da Arrábida (Gaia), entre outros.

19 de Agosto
É anunciada a proposta de OPA sobre a ES Saúde. Só neste dia é que a Ángeles revela que assumira dias antes uma posição qualificada na ES Saúde, a 13 de Agosto.

20 de Agosto
É esclarecida ao mercado a compra sucessiva de acções de Julho até à véspera da OPA. O grupo Ángeles volta a comprar acções em bolsa (3,65%), subindo a participação para 6,97% do capital social.

9 de Setembro
O conselho de administração da ES Saúde pronuncia-se sobre a OPA dos mexicanos, mostrando-se favorável à oferta, por considerar que há um “alinhamento estratégico” entre as duas empresas e que a oferta será importante para a estabilidade accionista do grupo. Embora considere os 4,30 euros propostos um valor “aceitável”, diz que não reflecte “a totalidade de um potencial prémio de controlo” sobre o grupo de saúde.

11 de Setembro
O grupo José de Mello Saúde apresenta uma oferta concorrente, propondo pagar mais dez cêntimos por acção do que o grupo Ángeles. Foi a segunda OPA sobre a ES Saúde.

19 de Setembro
Passa um mês desde o lançamento da OPA dos mexicanos. O grupo Ángeles revê em alta o preço oferecido, propondo agora pagar 4,50 euros por título para ficar com o controlo da empresa de saúde portuguesa. São 20 cêntimos acima do primeiro valor e mais dez do que a oferta concorrente dos Mello.

23 de Setembro
A Fidelidade, controlada pelos chineses da Fosun, entra na corrida pela ES Saúde, oferecendo 4,72 euros por acção. Foi a terceira movimentação no mercado pelo controlo da ES Saúde. A decisão foi tornada pública durante a madrugada desta terça-feira, num comunicado publicado no site da CMVM por volta da 1h40. As acções da ES Saúde estiveram suspensas durante a primeira hora e, depois de voltarem a negociar, atingiram um máximo histórico.

Actualiza versão da cronologia publicada aqui.

Sugerir correcção
Comentar